MINHA VERSÃO

Relutei muito para aceitar que ainda tenho os sentimentos revirados,
pela lembrança de nós dois,
e não vou mais lançar mão de culpas, pois independe de mim.

Somente a dualidade me confunde, por vezes,
ressaltando que parte de mi quer te ligar e ouvir sua voz,
mas a outra parte quer te esquecer.

Não há vencedor ou vencido, pois não se trata de um jogo.
Todos os dias quando acordo, rezo pedindo a Deus auxílio e ajuda
para me libertar desse tormento de dúvida,
porque parte de mim ainda te quer,
mas a outra parte não é forte o bastante para suportar suas escolhas.

Em certas questões, o tempo não parece existir e quanto mais ele passa,
maior a aceitação.

Cansei de lutar batalhas inexistentes,
estou em paz em mim, embora,
uma parte de minha alma queira te puxar pra cima,
mas a outra parte aceita que esteja onde escolheu ficar,
e que seja feliz...
E isso é amor...

Sayonara Sales
11/01/11

Poema inspirado na canção
Metade (Oswaldo Montenegro)

Ano Novo

Acima, eu e meu sobrinho

Eu e amiga Tati

No Shopping

CONTO PARA A PRIMAVERA Nº 2

O Cravo, a Rosa e o Dente de Leão

Na verdade, o Cravo não brigou com a Rosa,
mas estava chateado porque nela nasceu um espinho.

Cada um tinha a sua natureza e aquilo era uma questão de tempo.
O Cravo queria a Rosa somente para ele,
mas ela não deixou de observar a flor de algodão,
que era um grande amigo.

O Cravo aprendeu suas lições em nome do amor
e a flor ficou cada vez mais bela, até que juntos, deram origem
ao Dente de Leão, que voa livre.

Algum tempo depois, descobriu-se que o Algodão
tinha sentimentos pela seda, e todos juntos, originaram curioso jardim,
belo e incomum.

Quando o Cravo teve um desmaio e a Rosa despetalada, foi para
adubar e preparar a terra, recebendo carinhosamente
a chegada do fresco orvalho, que mesmo deixando todo mundo resfriado,
trouxe a renovação e matou a sede de vida de todo o mundo.

Sayonar Sales

CONTO PARA A PRIMAVERA Nº1

A AURORA, A NEVE E A FLOR DAS 7 CORES

Águas claras sobre o sol de porcelana

paira no etéreo os sonhos nuvens
aguardando a chegada da brisa doce
para concretizar na terra as gotas refrescantes.

E aqui embaixo sinto apenas o cheiro e o tempo se formando calmo,
sem pressa, já que antes, nevou em outro lugar e agora, cansado está.

São exatamente as fitas dos raios da Aurora que queria pegar pra mim,
mas meus braços pequenos não alcançam.
De algum jeito preciso voar, com asas ou volitando,
até ser surpreendida por sua ajuda, abrindo um portal de pano.

E aí, tudo que era invisível eu vi, bem diante de meus olhos marejados,
porque você trouxe o caminho quando não esperava mais.

A primavera trás com ela a beleza que o Outono levou,
ainda que tudo esteja maluco e desconexo, na realidade não está.
Mesmo sem pedir, o gelo foi rápido e libertou a fina flor de 7 cores,
que comporta a beleza da Aurora na Terra,
ainda que não estejamos prontos em ser felizes,
ainda que sem pegá-la.