Poesia
Esconde - Esconde
Quando me reporto a infância recordo que tudo era mais simples e hoje percebo o quão complexo tornamos as coisas,
porque às vezes temos de ficar querendo partir, tendo que aceitar desejando resistir,
tentando atravessar o mar sem saber nadar.
E quão feroz são os sentimentos quando soltos
após ficarem tanto tempo guardados numa linda caixinha, onde dança a bailarina rósea
sobre a sombra de um velho lobo mau.
Eu não quis ser a sombra de que um dia sonhei e
por isso a todos contrariei, abrindo compartimentos de maldade para que depois
tudo ficasse bom.
E era apenas uma fase, uma efemeridade.
Ainda sinto a brisa suave sobre o rosto macio da pele dourada e quente,
da aura verde e incostante, onde nem se sente o cheiro da terrível rotina.
E o que ela tanto queria fazer não pôde, porque seus pés não sairam do lugar que estava e
porque lá no fundo sabia que era ali que precisava ficar. Era o melhor naquele momento.
E ela aceitou aprender de bom coração a lição difícil e evitou parar de se esconder e fugir de alívio, se era no meio da multidão que precisava andar.
Seu coração ainda fica apertado da falta e as lágrimas ainda não pararam de rolar, porém,
pelo menos agora, ela não percisa mais brincar de se esconder.
Esconde - Esconde
Quando me reporto a infância recordo que tudo era mais simples e hoje percebo o quão complexo tornamos as coisas,
porque às vezes temos de ficar querendo partir, tendo que aceitar desejando resistir,
tentando atravessar o mar sem saber nadar.
E quão feroz são os sentimentos quando soltos
após ficarem tanto tempo guardados numa linda caixinha, onde dança a bailarina rósea
sobre a sombra de um velho lobo mau.
Eu não quis ser a sombra de que um dia sonhei e
por isso a todos contrariei, abrindo compartimentos de maldade para que depois
tudo ficasse bom.
E era apenas uma fase, uma efemeridade.
Ainda sinto a brisa suave sobre o rosto macio da pele dourada e quente,
da aura verde e incostante, onde nem se sente o cheiro da terrível rotina.
E o que ela tanto queria fazer não pôde, porque seus pés não sairam do lugar que estava e
porque lá no fundo sabia que era ali que precisava ficar. Era o melhor naquele momento.
E ela aceitou aprender de bom coração a lição difícil e evitou parar de se esconder e fugir de alívio, se era no meio da multidão que precisava andar.
Seu coração ainda fica apertado da falta e as lágrimas ainda não pararam de rolar, porém,
pelo menos agora, ela não percisa mais brincar de se esconder.
Sayonara Sales, madrugada do dia 13/08/10

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